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Fonte: Jornal Gazeta Mercantil - Seção: Internacional
Trata-se do órgão que dará procedimentos para as
soluções de controvérsias comerciais no âmbito do bloco do Cone Sul. O
Congresso brasileiro era o único que ainda não havia ratificado o
acordo, firmado por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai em fevereiro de
2002. Nos últimos dias, houve uma forte pressão política
para que o projeto tivesse tramitação em regime de urgência, de modo a
ser incluído na pauta de votação do Senado a tempo de ser aprovado
antes da viagem que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva realiza à
Argentina hoje. "A ratificação do Protocolo de Olivos é uma
demonstração clara do governo em fortalecer ainda mais o Mercosul",
afirmou o presidente da Comissão Parlamentar Cnjunta do Mercosul,
deputado Doutor Rosinha (PT-PR). A principal novidade do Protocolo de Olivos é a criação
do Tribunal Especial de Apelação para dirimir as disputas comerciais
envolvendo integrantes do bloco. Depois de escolhido o tribunal para
resolver a controvérsia, qualquer país do bloco que se sentir
contrariado com a decisão não poderá acionar outro mecanismo de solução
de controvérsias, como, por exemplo, a Organização Mundial do Comércio
(OMC). Segundo Doutor Rosinha, trata-se de uma medida que fortalecerá ainda mais o Mercosul à medida em que dará mais credibilidade e transparência às eventuais disputas comerciais. "Se queremos fortalecer o Mercosul, temos cada vez mais de dotá-lo de instrumentos para aumentar a integração entre nós", disse Doutor Rosinha. "Não há razão para levar um contencioso à OMC, se dentro do bloco existem instâncias aptas a resolver o problema", arrematou o parlamentar paranaense. |