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Fonte: Jornal Econômico Seção: Legislação e Tributos Autor: Layrce de Lima, Brasília Descontos de 50% nos valores cobrados para promover
mediações e arbitragens. Este é o principal atrativo que a Confederação
das Associações Comerciais do Brasil (CACB) e a Corte Brasileira de
Mediação e Arbitragem Empresarial (CBMAE) estão oferecendo para atrair
a atenção de micro e pequenas empresas. A intenção das duas organizações
é expandir a cultura da negociação de conflitos. Com um período médio de tramitação processual de até
120 dias para a solução da controvérsia, os integrantes das duas
entidades acreditam que será possível interiorizar o serviço em todo o
país em um ano. Com isso, pretendem incrementar o uso das Câmaras de
Arbitragem e Mediação (CAMs). Compostas por especialistas nas áreas de comércio,
indústria, agropecuária, serviços e finanças, as CAMs oferecem árbitros
e mediadores que serão escolhidos pelas partes no momento de solucionar o
conflito. Um convênio no valor de R$ 1,5 milhão fechado com o BID e o
Sebrae Nacional para o fortalecimento dos programas do CACB já permitiu a
criação de novas CAMs e a criação de um sistema modelo a ser difundido
pela CBMAE. A CBMAE vem treinando árbitros e expandido a rede de câmaras
e realiza mediações e arbitragens envolvendo grandes empresas nacionais
e internacionais. De acordo com a Lei de Arbitragem, a sentença arbitral
tem o valor de uma decisão da justiça comum, desde que tenha sido
proferida com um foro eleito pelas partes envolvidas em comum acordo. O vice-presidente da Confederação de Associações
Comerciais, Geminiano Jurema, acredita que a Corte pode facilitar a solução
de conflitos no Mercosul. "Se não houver um mecanismo de solução
de divergências, as empresas perderão competitividade", diz.
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